Será o fim da terceirização por empresas de segurança no varejo?
Por ALAIN WINANDY. www.cienciadovarejo.com.br. Direitos reservados.
Tenho observado comentários, pelo que ocorreu recentemente no Carrefour, que os varejistas devem ter mais critério na escolha de empresas de segurança terceirizada.
Acredito, porém, que hoje em dia isso não resolve. Não é tão simples assim.
Temos visto uma evolução rápida dos temas ambientais e sociais pelas pessoas, nesta aceleração da incorporação de novos comportamentos observada pelo contexto atual (o mundo ficou pequeno) e pelo envolvimento em redes, com consequente cobrança de posicionamento neste sentido pelos consumidores.
As pessoas não estão mais aceitando erros neste sentido, com a mesma paciência ou passividade coletiva que vínhamos observando até então. A imagem da empresa pode sofrer danos de longo prazo, rapidamente.
A economia de contratar uma segurança terceirizada não compensa nem de perto os possíveis danos.
Empresas de segurança terceirizadas nunca vão ter a mesma identificação com os valores da empresa, os mesmos critérios na contratação, os mesmos treinamentos específicos, o mesmo envolvimento, a mesma responsabilidade, do que funcionários contratados e treinados diretamente pela empresa.
Não que não possam existir empresas sérias neste ramo, mas, além do fato de que seus funcionários prestam serviços para diversas empresas, com orientações diversas, praticamente toda a consequência de um problema sério cai como uma bomba no colo da empresa contratante, que depende muito mais da força de sua marca, da confiança e identificação nela, do que a empresa contratada.
O caminho então, agora, seria de fazer o que muitas empresas já descobriram e muitas que dizem fazer nem sempre o fazem de modo completo: mudar o foco financeiro para foco no cliente, no consumidor, na sociedade e provocar mais esta mudança em prol da sociedade e seus anseios.
Pelo menos (ou principalmente) para aqueles em contato direto com os clientes.
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