top of page

Pesquisa de preços: onde os repórteres erram frequente e insistentemente!


Vejo a pesquisa de preços e conclusão da Veja São Paulo, sobre os atacarejos. Não sei por que repórteres, em geral, consideram uma loja mais em conta que outra pelo número de itens pesquisados mais baratos, pontualmente. Quem é experiente do varejo sabe que não é assim que deve verificar se sua loja está bem de preços em relação à concorrência.

O número de itens é apenas um indicador, mas outros podem revelar mais coisas: os itens que foram pesquisados (uma relação pequena para reportagem tem boas chances de não representar o que é significativo para os clientes e, além do mais, foram escolhidas marcas específicas de cada categoria), o período ou data da pesquisa (alguma loja pode estar em período promocional, o que distorce o resultado), a diferença de preço entre os itens mais importantes (posso perder preço em mais itens, mas ganhar bem na diferença de preço dos mais significativos), e, para mim o mais importante, a ponderação dos itens e seus preços pelo que representam na compra total do cliente (não adianta comparar o preço, por exemplo, de um quilo de alho e um quilo de batata, se o cliente compra apenas 200g de alho e 3 kg de batata).

Considero que a comparação dos itens ponderados para supermercados e similares é mais interessante porque, além de levar em conta quantidade de itens mais baratos, e a diferença de preço deles, ainda leva em conta o quanto o cliente gasta (muitos clientes não comparam apenas preço dos produtos, mas, também, o quanto gastam mensalmente, comparando este parâmetro). Não esquecendo que a pesquisa deve ser feita ao longo de uma escala de tempo, evitando distorções pontuais.

Caros repórteres, seguem então aí algumas “dicas”, para uma melhor prestação de serviço aos seus leitores.

Últimos posts
bottom of page